terça-feira, 1 de março de 2011

IMAGINAÇÃO, FANTASIA E A COERENTE ESCATOLOGIA

             Por Fábio de Mattos

 Olá pessoal! Depois de alguns dias entregue aos trabalhos da faculdade, volto a escrever aqui neste nosso espaço aberto. Entre esses trabalhos escrevi um ensaio monográfico sobre escatologia (o estudo das últimas coisas, popularmente conhecido como "o fim dos tempos"). E falando em escatologia, já observaram quantos escatologistas” de plantão temos na nossa igreja brasileira. Eles têm colaborado para que a escatologia predominantemente ensinada para nós seja fruto, em geral, de interpretações fantasiosas das Escrituras.


Parece-me que essas interpretações valorizam mais eventos   catastróficos e personagens malignos do que o próprio Cristo. Nossa imaginação nos fez acreditar em "revelações" novelescas, e  o "Deixados Para Trás" fez sucesso. As teses escatológicas parecem mais um conjunto de obras de ficção, que dão um olhar literal e fora do contexto histórico a textos como os livros de Daniel e Apocalipse. Essas interpretações equivocadas tiram o Cristo do centro da mensagem escatológica legítima: a consumação do reino de Deus. Mensagem essa que é de redenção para toda a criação.

Em João 3:16 a palavra usada para “mundo” é “cosmos”, ou seja, Deus amou toda a sua criação, por isso deu seu Filho. Cristo veio para remir toda a criação, não somente os seres humanos. Quando tenho isso em mente, meu coração se enche de esperança e não de medo. Uma interpretação equilibrada da escatologia nos trará confiança e esperança na consumação do reinado de Cristo sobre sua criação. A intenção de Deus é restaurar sua criação e não destruí-la.

Cristo é o elemento primordial do estudo escatológico, pois sem o rei não haveria razão para o estabelecimento de um reino. Ele é o alvo, o fim para o qual se dirige a história da humanidade e de toda a criação. Seu reino já está sendo estabelecido, mas ainda não foi consumado de fato. Sua consumação já começou, mas ainda não se concluiu. (Aqui penso ser importante lembrarmos que a igreja em si não é o reino, mas parte dele; a igreja também não é o único instrumento para o estabelecimento do reino, mas um dos instrumentos.)

Com certeza Cristo vem. Talvez não da forma que aprendemos em nossas igrejas de maneira geral, mas sim, Ele vem! Aí percebo o quanto é coerente e verdadeiro o seguinte pilar da reforma protestante... Solus Christus.


Abração, fiquem com Jesus.


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