segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

VÍDEO RETROSPECTIVA ESPAÇO JOVEM, A GALERINHA TEEN DO ESPAÇO NOVA GERAÇÃO


Aí galera, vídeo feito pela Márcia para revermos bons momentos do Espaço Jovem, a galera teen do Espaço Nova Geração. Curta e se divirta com a 
dupla maluca (Carine e Fran, responsáveis pelos encontros da galerinha):

 


sábado, 28 de janeiro de 2012

A BOMBA E A IGREJA - Por Antônio Carlos Barro

Galera, esse texto foi publicado originalmente no blog http://coisado.com/v2/a-bomba-e-a-igreja/ e depois no blog do meu brother Márcio Coyote: http://refugio-marciocoyote.blogspot.com/2011/12/bomba-e-igreja-antonio-carlos-barro.html . É um texto escrito pelo fundador da Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina, o Dr. A.C. Barro, falando um pouco da história do Márcio e do Refúgio. Lu e eu tivemos a graça de estarmos por 2 anos congregando, auxiliando e aprendendo por lá. Por aqui, em Santa Rosa, sempre digo para nosso povo que se há um ministério cristão no qual podemos e devemos nos espelhar, esse local e essas pessoas são a Associação e a Comunidade Refúgio.
A BOMBA E A IGREJA 

Por Antônio Carlos Barro

 
 
Há alguns anos atrás fiz um mensagem na qual perguntei: “Se uma bomba cair no prédio da igreja, o bairro e a cidade sentirão falta dela?”.

Hoje, recebo um e-mail de um graduado da Faculdade Teológica Sul Americana. Ele afirma com ousadia: “… posso afirmar que se a Refúgio sumir o bairro inteiro sentira falta”. Ainda me recordo de quando o Márcio, conhecido por Coyote veio para o seminário. Tatuagem por todos os lados, cabelo rabo-de-cavalo, piercings que não acabava mais, brincos. Quando olhei para aquele jovem pensei: “que outro lugar ele poderia ir senão aqui na FTSA?”. 


O Márcio veio para um curso de leigos que tínhamos com duração de um ano. Depois daquele curso ele fez o Bacharelado em Teologia, depois especialização. Enquanto seus estudos progrediam, ele começou uma igreja ou um ajuntamento de jovens proscritos da sociedade. Deu o nome para aquilo de Refúgio. Um lugar (começou na garagem da casa dele), uma casa onde eles poderiam dormir e comer. Sem cobranças, apenas recebendo amor e compaixão.
O ministério foi crescendo. Mais gente chegando. Saíram da casa e alugaram um salão em Cambé (PR). O salão era e é pra cultos no domingo, mas durante a semana é usado pra tudo que se possa imaginar, mas principalmente num grande tatame para ensinar artes marciais. Atualmente o projeto atende entre 150 a 180 crianças.

O Márcio virou pastor, alias Reverendo, pois assim são chamados os pastores presbiterianos. Muitos “pastores” ficam surpresos em saber que o Coyote é um Reverendo como eles. Ele segue o seu ministério. Se você quiser ler mais e ajudar: www.refugio.org.br


Estou contando esse testemunho porque o ministério da educação teológica é muito difícil. Vocês que são membros “normais” das igrejas não tem idéia de como é complicado esse negócio. É complicado porque líderes e pastores são zelosos de suas denominações e da sã doutrina. Muitos receberam o mandato divino de zelar pelo nome de Deus na Terra. Assim sendo, enviar um aluno ou uma aluna para a FTSA não fica bem. Afinal esse seminário não é da nossa igreja, dizem uns. Essa escola é amiga dos pentecostais, dizem outros. Os TCCs dos alunos são quase sempre sobre Jesus e os pobres e a missão integral da igreja, afirmam outros. Não escrevo isso somente em relação a FTSA, mas em relação a dezenas de seminários inter-denominacionais que lutam contra essa má vontade da igreja. Eu não entendo como pode ter líderes que impedem seus crentes de receberem melhor preparo bíblico!

Bem… enquanto isso tudo acontece os Coyotes da vida são transformados e se transformam. As centenas de crianças e adultos que recebem o benefício de seu treinamento agradecem. Graças a Deus que nos dá a vitória em Cristo. A caravana passa e os cães ladram. Alias, não somente ladram como também não entrarão no Reino de Deus.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

OS EVANGÉLICOS E A SUA PARTE NA CORRUPÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA – PARTE 2 – As Escolhas do Pastor José Wellington Bezerra da Costa

Escrevi esse texto em 2010, mas como esse ano teremos eleições municipais, vale a pena refletirmos sobre o assunto mais uma vez.

Por Fábio de Mattos

 
“Claro que temos irmãos na igreja que têm vocação para a política, mas penso também que pastor não se deve envolver nesses assuntos. São como água e óleo: igreja de um lado, política de outro.”

O trecho acima é uma declaração do presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, publicada na edição nº 144 da revista evangélica Eclésia. Não vou abordar aqui o conteúdo das colocações do Pr. José Wellington nessa entrevista, nem suas opiniões sobre a relação entre igreja e política divulgadas pela revista (opiniões que discordo da maioria). O que gostaria de comentar aqui é a constrangedora mudança de postura desse líder denominacional conhecido em todo o Brasil.

Na reportagem da Eclésia, divulgada ainda durante a campanha do primeiro turno às eleições presidenciais, o Pr. José Wellington ainda afirma que “Nosso candidato é Jesus Cristo”. Essas são falas de alguém que no primeiro turno das eleições não quis apoiar nenhum candidato a presidência do Brasil, pelo menos não de maneira formal.

A questão central que quero comentar não é a de se a igreja deve ou não se posicionar a favor ou contra determinados candidatos. Quero sim tratar sobre o abismo de divergências que há entre as falas de José Wellington no primeiro turno e seu apoio irrestrito a Serra no segundo turno das eleições presidenciais, já que todos nós pudemos ver suas declarações de apoio a Serra na televisão durante a campanha do segundo turno.

Porque o Pr. José Wellington se omitiu no primeiro turno, inclusive deixando de apoiar formalmente Marina Silva, que é assembleiana? Porque sua posição aparentemente contra ao apoio da igreja a candidatos políticos mudou tanto em poucos dias? São perguntas pertinentes que qualquer cidadão com o mínimo de censo crítico deve se fazer, ainda mais sendo cristão.

Parece-me notável que em alguns segmentos evangélicos Marina sofreu uma espécie de boicote político nessas eleições. Marina, além de ser mulher, dialoga muito mais com as Teologias da Missão Integral e da Libertação do que com os modelos fundamentalistas disseminados por esses mesmos segmentos. Talvez por isso houvesse resistência em se apoiar formalmente sua candidatura, até mesmo porque Marina não se apoiou nas amarras políticas e eclesiásticas em que normalmente se apóiam os candidatos evangélicos.

O Pr. José Wellington fez o que parece ser uma escolha desprovida de honestidade. Seu comportamento aparentemente volúvel contribui para a corrupção na política brasileira, pois confunde aqueles que o seguem e acreditam em seus conselhos. O mais triste é que esse não é um caso isolado. As escolhas feitas e posições tomadas que são motivadas por interesses pessoais ou organizacionais são constantes no cenário político brasileiro, e a igreja, infelizmente tem sua parte nisso. Líderes como o Pr. José Wellington poderiam ser usados por Deus para transformarem a realidade corrupta da política no Brasil, porém... parece que o “prato de lentilha”[1] está demasiadamente saboroso. Que Deus seja misericordioso com todos nós.


[1] Referência a troca que o personagem bíblico Esaú fez com seu irmão Jacó. Esaú trocou (vendeu) a benção da primogenitura por um prato de lentilhas com pão.