domingo, 2 de outubro de 2011

SANTO, EU!?

Por Fábio de Mattos
O que te vem a mente quando você ouve a palavra "santo"?
Uma imagem de gesso? Deus?
Um pastor engravatado? Um pastor de calça jeans?
Um padre? Uma criança?

Colossenses 3:12 diz:
“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência.”

O Apóstolo Paulo afirma que nós somos santos. Sim, você e eu. Não seremos santos, não estamos santos, mas somos santos! Assim como somos pecadores, somos santos.

Santos pois Deus nos assim. Santo é perdoado, separado e purificado do que confronta Deus, do que entra em choque com seus valores.

Ser santo não significa ser perfeito, nem obedecer uma lista de regras. Ser santo é ter conciencia de que mesmo tropeçando, somos perdoados, e basta querermos para nos levantarmos novamente e seguirmos nossa caminhada. Sem culpa, livres!

Se observarmos o conceito bíblico de céu, entenderemos que céu é o lugar onde tudo agrada a Deus. Veja que no versículo acima Paulo nos orienta, a como santos, buscarmos uma série de qualidades. Essas qualidades são virtudes do reino de Deus. Quando as praticamos trazemos o céu até nós.

A questão não é “como, ou o que devo fazer para ir para o céu?”, mas muito mais “o que devo fazer para o céu chegar até mim?” Jesus realmente fala muito pouco sobre a vida além desta que vivemos. Mas porque? Talvez porque ele entendia sim, que a vida além desta é uma continuação das escolhas e decisões que fazemos e tomamos aqui e agora.

Trazer o céu até a minha volta é burcar o que Paulo nos orienta: Compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciencia.

Quando pratico essas virtudes, trago o céu até mim, até minha volta, sou luz, sou sal. Se sou encorajado a trazer o céu até mim, significa que o inferno será combatido. O conceito essencial de inferno no Novo Testamento é “ausencia de Deus”.

Miséria, opressão, mentira, solidão, desespero, roubo, morte, assassinato. Tudo isso são sinais do inferno na terra. Da ausencia de Deus.


Se sou santo e devo trazer o céu, o reino de Deus até mim, até minha volta, até aqui e agora, entendo que devo lutar contra o inferno que esta em minha volta. Como santo de Deus, devo lutar contra a ausencia de Deus em minha volta, na vida das pessoas que vivem próximas a mim.

Não se trata de uma luta platônica (do conceito de Platão) do bem contra o mal. Se trata sim de como santos de Deus, como cristãos, sermos luz, agindo nessa sociedade para que o reino de Deus venha até nós, desfazendo a injustiça e a maldade. Se trata de sermos cristãos agindo com compaixão e bondade  e não somente discursando.

Se trata de resgatarmos e praticarmos os valores de Cristo nessa terra, querendo transformar e melhorar esse mundo e não se livrar dele.


(Fábio é pastor do Espaço Nova Geração e estudante da Graduação em Teologia)