terça-feira, 23 de agosto de 2011

PEQUENAS (GRANDES) IGREJAS, GRANDES NEGÓCIOS

Por Valdecir Severo

  
Onde fica Jesus nos dias de hoje?

O sistema de sacrifícios que havia sido encerrado em Jesus, voltou a ser praticado. Só que agora não é mais com animais e sim com dinheiro. Os púlpitos foram substituídos por altares que simbolizam lugares de sacrifício. Já apontando para onde o fiel deve levar seu “sacrifício”. Para provar sua fé a pessoa deve entregar seus bens. Se isso não for feito as bênçãos não acontecerão, não é mesmo? Estão apresentando um Deus que só atende pedidos se for feito por líderes da Igreja e se houver pagamento. O Deus misericordioso, amoroso e cheio de graça foi substituido por um deus mercenário. Um deus que não atende a quem não paga adiantado pelo milagre.

O mais estranho é que eles ensinam que o pagamento é uma prova da fé, mas quando o milagre não acontece, dizem que foi por falta de fé! Mas a pessoa já não tinha demonstrado sua fé ao pagar pelo milagre? Como então não teve fé? São contradições que o povo cegamente aceita.

Uma “criação” dessa gente que fez grande sucesso foi o sacrifício de "Isaque", em que o fiel entregava à igreja o seu maior e melhor bem. A grande diferença com o sacrifício da Bíblia, é que Deus devolveu a Abraão o seu Isaque. No sacrifício que eles inventaram o "Isaque" não é devolvido. E ninguém questiona?

Enfim, é tudo uma grande manipulação. Essa turma esta brincando com a Palavra de Deus. Se fazem de "doutores" nas Escrituras quando na verdade só à usam para alcançarem seus objetivos, e talvez o maior deles seja formar uma geração de cristãos dependentes, não reflexivos e passivos.

E uma multidão segue todas essas coisas como se estivesse tudo correto, tudo segundo a Bíblia. O povo continua escravizado por falta de conhecimento. Até quando? 

A Igreja Apostólica Romana leva o cristão a crer que a Santa Maria intercederá por ele perante Deus e o levará a salvação, já algumas Igrejas Evangélicas usam o “Santo Dízimo”, até condenando o cristão ao inferno caso ele não seja fiel. Aí eu me pergunto: onde ficou o sacrifício de Jesus? E o mais engraçado é que esses religiosos da nossa época usam alguns versículos isolados para ludibriarem o povo, e o principal livro é o de Malaquias cap. 3 ves. 8–10. 


Estudando melhor, o dízimo era um antigo imposto entregue para o sustento dos levitas durante a vigência da Lei. Antes da Lei, o dízimo era um costume antigo dado voluntariamente. Abraão sequer deu o dízimo de seus pertences, ele entregou os dízimos dos despojos e aparentemente uma única vez, por que estava sendo usado como uma alegoria, ou seja, estava pagando o dízimo pelos Levitas, como ensina Hebreus 7, nos indicando a supremacia do sacerdócio de Cristo sobre o de Arão. Hebreus 7 não é uma ordem para dizimarmos e sim para reconhecermos a superioridade do sacerdócio de Cristo.

Na época, os dízimos eram dados em espécie, não em dinheiro. Jacó deu o dízimo por que fez um voto, voluntariamente. Paulo em parte alguma ensina-nos a dizimar, como uma lei! Todo cristão deve ofertar com generosidade, porém voluntariamente, por gratidão e amor e não por obrigação. Se for para citar dízimos indicando a Lei mosaica, como ficaria os demais 612 mandamentos? E o sábado? E a caça de filhotes de passarinhos?

Então não posso, não quero me calar vendo o povo sendo escravizado, enganado e perecendo por falta de conhecimento. Sim, ninguém é obrigado a contribuir, mas o que acontece é que muitos líderes evangélicos convencem as pessoas a faze-lo, usando argumentos mentirosos.

Sou representante comercial e decidi desabafar depois que, conversando com certo empresário - não “crente” - ele me falava que na sua opinião, a Igreja Evangélica de hoje não é diferente da Igreja Romana do passado, que cobrava indulgências e vendia terrenos no céu. Na opinião dele, hoje existem tantas coisas sendo cobradas e vendidas nas igrejas, que o próximo negócio que ele abriria seria uma. Então, por isso o título do texto “Pequenas Igrejas Grandes Negócios”. Isso é uma vergonha!

Não sou evangélico, amo a Jesus e quero ser seu discípulo!

(Valdecir é coordenador do Espaço Nova Geração e representante comercial)

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