Por Anderson Dias
O farisaísmo apareceu pela primeira vez nos pergaminhos da história judaica mais de um século antes do nascimento de Jesus. Ao pesquisar sobre esse seleto grupo dos dias de Jesus descobri que eram homens sinceros cujo único desejo era, originalmente, o de agradar a Deus. A obediência a lei era o centro de sua doutrina, pois criam que desta forma ganhariam o favor de Deus evitando o seu julgamento.
Porém pela época da vinda de Jesus, a seita dos fariseus havia deixado pra traz suas origens humildes, e se tornou uma força que unia os poderes políticos e religiosos. Elaboraram um sistema religioso que definia para cada judeu o que significava ser verdadeiramente espiritual.
Pois bem, o que mais me chama à atenção é a semelhança desta seita com muitas igrejas evangélicas hoje, seus credos e dogmas não diferem muito de algumas igrejas hodiernas. Os fariseus acreditavam, por exemplo, na autoridade das escrituras e na importância da memorização de passagens. Eles davam o dizimo rigorosamente e criam nos elementos sobrenaturais da fé como a ressurreição dos mortos e a expulsão de demônios, também acreditavam que, a santidade exterior e interior era uma forma de “separa los” do resto do mundo. Os fariseus eram geralmente conhecidos como homens sem misericórdia, que podiam influenciar os poderes governantes para condenar quem quisesse ( assim fizeram com Jesus). Infelizmente eles nunca se deram conta que sua religiosidade se opunha ao Deus que eles tentavam honrar.
O espírito do farisaísmo ainda vive no cristianismo de hoje. Quando a religiosidade oprime e obriga as pessoas a trilharem o caminho de um cristianismo baseado no desempenho, perde-se de vista a graça de Deus, e sem essa graça se satisfazem em fazer com que outros se encaixem nos seus rígidos padrões de espiritualidade.
Diga não ao farisaísmo, e sim a graça libertadora de Jesus Cristo!
Anderson é presbítero da Assembléia de Deus em Cambé-PR e estudante de Teologia.
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