sexta-feira, 15 de junho de 2012

O EVANGELHO NO FORNO


Por Nauro César de Azambuja


Minha esposa faz, de vez em quando, umas cucas recheadas com bananas caramelizadas que são um estouro. Aquilo fica no forno um tempo e “mama mia” depois é só festa, “para a nossa alegria”. Tem algo, porém que me incomoda: saber da beleza e da importância do Evangelho e vê-lo, geralmente, bem guardadinho dentro de nossas igrejas, semelhante a uma cuca deliciosa dentro do forno.

Nós parecemos aquelas sociedades secretas cheias de mistérios, místicas, segredos e fortemente fechadas em si. Ao contrário disto, penso que o Evangelho deveria “incomodar” muito mais nossa sociedade, saindo das igrejas e fazendo-se conhecer aos “não-crentes”. Quando descobre-se um remédio eficaz para determinado mal, os médicos o indicam largamente. Nós, cristãos como estamos oferecendo o remédio de Deus àqueles doentes na alma, e nos relacionamentos?

Vamos tirar o Evangelho do “forno” e serví-lo nas praças, às famílias, na mídia, na rua, apresentado sua beleza e seu poder transformador. Você pensa que somente ir a público por ocasião da Páscoa e do Natal está bem? Bem, eu diria, parodiando Karl Marx: “Cristãos de Sta Rosa! Uni-vos! Os religiosos interpretaram as Escrituras, vamos transformar o mundo através delas!” Vamos tirar o Evangelho do “forno” e dá-lo de comer ao homem faminto de Deus!


Sabemos que há muitas diferenças entre nós cristãos em termos de doutrinas. Maior, porém, é Aquele que nos une, do que aquilo que nos separa.  Se a gente colocar uma pitada de amor evangélico nesta “cuca” estaremos mais unidos e mais fortes.  Afinal, não estamos num país de liberdade religiosa garantida pela Carta Magna? Então, Povo de Deus, mãos à obra!

Quem será que dará o ponta-pé inicial nesta virada? Será você, serei eu? Será alguém recém convertido ou de muito tempo? Você pensa que Deus  não estará conosco nesta?  Bem! Então é melhor mesmo ficar cada um na sua e deixar como está pra ver como fica, e esperar que Deus faça algo.  Só tem uma coisa: Mateus 28.19. Ele não fez um pedido, deu uma ordem!

Nauro é funcionário público, graduado em Filosofia e membro do Espaço Nova Geração.

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